Vida de Aparência - A Ilusão Sagrada
- onscuro music & art
- 21 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: há 2 dias

Vivemos em um mundo saturado de notificações, e-mails, anúncios e propagandas—um bombardeio de informações que nos faz focar só no consumo: vender, comprar, lucrar e alimentar o desejo de acumular bens, como casas, carros e tecnologia. No fim das contas, a vida virou um jogo onde existir significa ter e, mais do que isso, parecer.
Tem quem tenha e exiba, tem quem não tenha e finja que tem. E tem aqueles que criam uma falsa imagem para conseguir algo em troca, seja influência, seja seguidores. No fim, estamos todos presos nesse teatro de conquistas e meritocracia, onde muitas vezes o vencedor não é quem merece, mas sim quem sabe enganar melhor.

Guy Debord foi um filósofo e crítico que bateu de frente com o capitalismo moderno, o consumismo e a alienação social. Em sua principal obra, A Sociedade do Espetáculo, ele mostra como a sociedade virou um grande "espetáculo", onde a vida real foi substituída por imagens e representações midiáticas. A gente deixou de simplesmente ser e passou a viver pelo filtro do entretenimento, da publicidade e da cultura da aparência.
E não precisa ir longe para perceber isso. É só abrir o TikTok ou o Instagram: todo mundo fazendo de tudo para entrar no jogo do entretenimento das redes sociais. O que importa não é mais ser autêntico, sincero ou feliz de verdade—o que importa é parecer. A regra é estar sempre sorrindo na internet, mesmo que, fora dela, tudo esteja um caos para manter essa ilusão.

Veja esse vídeo 🤔
A partir desse vídeo, dá para entender como Guy Debord enxergava a alienação das pessoas na busca por status e a perda da autenticidade. Ele já falava sobre como vivemos através das imagens e narrativas criadas pela mídia, e como isso afasta a gente da realidade.
E hoje? Isso está mais forte do que nunca. Relacionamentos, negócios, até nossa identidade… tudo gira em torno de mídia e audiência. O mercado e o consumismo moldam o que somos e o que queremos, e quando alguém resolve sair desse padrão, vem o "cancelamento" ou as dúvidas sobre sua índole.
O que vocês acham? A sociedade é realmente essa coisa perfeita que a publicidade vende ou será que transformamos um iPhone antigo em um objeto sagrado?
Mais conteúdo sobre Vida de Aparência na nossa edição número 2 da revista digital que irá sair em breve. Fique ligadooo!
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